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Sindicato Independente dos Médicos

Médicos forçados a atividades exóticas...

26 julho 2021
Médicos forçados a atividades exóticas...
26 de julho de 2021, segunda-feira:

Taxa de incidência não para de subir, Rt continua acima de 1.

Não havia tantos internados (919) desde 16 março nem quase 200 em UCI desde 18 março.

São os Médicos de Família e os Médicos de Saúde Pública que têm a responsabilidade de 95% dos doentes com COVID-19. Contactos, suspeitos, infetados e doentes sem gravidade de imediato.

O que os primeiros querem é poder fazer o que de melhor podem e sabem: seguir os seus doentes na doença aguda e na doença crónica. Mas são desviados para tarefas que nada têm a ver com a MGF: Trace COVID-19, telefonemas, emails - muitos emails - ADR Comunidade e Centros de Vacinação, marchar... E o mesmo acontece aos outros elementos das equipas de saúde familiar, enfermeiros e secretários clínicos... desguarnecendo os Centros de Saúde.

Já os Médicos de Saúde Pública são obrigados a fazer trabalho escravo e não remunerado até às 200 horas anuais para além do seu horário normal. Sem recursos humanos suficientes.

Como dizia hoje um responsável de Saúde Pública

Tenho 3.000 pessoas em Vigilância Ativa para contactar... como vou fazer?

Ou como dizia hoje uma jovem Médica de Família:

Mas há sempre em todo lado "Yes men/women” prontos para se curvarem perante o sistema à espera de um ganho qualquer. Coordenadores substituindo os secretários clínicos e distribuindo mails para os colegas médicos pouco querendo saber se podem responder às solicitações. Não. Quem tem de mudar somos nós individualmente. E saber dizer não.

Não há resposta a e-mail fora do horário de trabalho, férias e afins

Quando voltamos de férias respondemos aos contactos com data de entrada do início do trabalho (o que é do período de férias não deve ser gerido por nós).

O registo dos e-mails e respetivo RAC é da responsabilidade dos secretários clínicos.

O horário contempla atividade assistencial não presencial e se não for suficiente passa para o dia, semana ou mês seguinte.

Se a equipa propõe a nossa saída porque exigimos o cumprimento da lei, a equipa deve levar com a lei em cima como um caterpillar: contactar departamento jurídico do sindicato, cumprir o horário escrupulosamente ao minuto, amealhar registo de atividades exóticas que se praticam em todo o lado...

Alertas. Lamentos. Ofícios. Cartas Abertas...

Não. Quem tem de mudar somos nós individualmente. E saber dizer não.

Quando não, temos direito a um sorriso seráfico dedicado aos cobardes que aguentam, ai aguentam...
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