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Sindicato Independente dos Médicos

Serviço de Urgência do Hospital São Bernardo - Setúbal

25 agosto 2021
Serviço de Urgência do Hospital São Bernardo - Setúbal
COMUNICADO
Serviço de Urgência do Hospital São Bernardo - Setúbal
Urgente garantir a segurança dos médicos e dos cidadãos

Chegou ao conhecimento do Sindicato Independente dos Médico (SIM) que as escalas de urgência da especialidade de Medicina Interna no Hospitalar São Bernardo (Centro Hospitalar de Setúbal) estão longe de cumprir os níveis de segurança necessários, com vários dias ao longo do mês de Agosto, em que as mesmas integram menos de metade (nalguns casos menos de um terço) dos clínicos exigidos pelos critérios mínimos definidos pela Ordem dos Médicos. Esta é uma situação inadmissível e que coloca em risco a segurança na prestação de cuidados à população abrangida por esta instituição (com uma área de influência direta de mais de 230.000 habitantes e indireta superior a 320.000 habitantes).

Os problemas do Serviço de Urgência do C.H. Setúbal são crónicos e amplamente conhecidos, estando rotineiramente presentes na Comunicação Social pelos piores motivos, tendo vindo a ser agravados pela pandemia atual, uma vez que houve necessidade de aumentar o número de espaços físicos para prestação de assistência. Apesar disso, não tem existido qualquer esforço de melhoria por parte do Conselho de Administração, que parece apenas tentar sobreviver até ao término do seu mandato, no final deste ano, justificando as falhas constantes em várias especialidades como meras "situações pontuais”.

Para agravar esta situação, o aumento atual do número de doentes críticos levou à necessidade de abrir uma segunda Unidade de Cuidados Intensivos, mantendo a escala diária de dois médicos como previamente (por número insuficiente de clínicos contratados da área da Medicina Intensiva), o que resultou no encerramento temporário da Equipa de Emergência Médica Intra-Hospitalar, elemento crucial para a prestação de cuidados na instituição.

Assim, é o Chefe de Equipa de Medicina Interna que, para além dos doentes da Urgência Externa, ainda tem que se desdobrar no apoio ao colega de Urgência Interna (muitas vezes Interno de Formação Específica) nos casos mais graves.

O Serviço de Urgência é a porta de entrada do hospital e devia ser também o seu centro já que é aqui que se encontram os doentes mais graves e mais frágeis e onde há piores cuidados e condições. Neste âmbito, mas também em várias outras áreas de atuação a nível hospitalar, a Medicina Interna é uma especialidade fundamental e deveria existir um esforço por parte da Administração para tentar reforçar a sua equipa e não promover um ambiente em que os profissionais trabalham várias horas para além dos limites legais, apresentando claros sinais de burnout, com graves prejuízos para a sua saúde e indiretamente para os doentes a seu cargo.

O SIM recusa-se a aceitar a constante desvalorização do C.H. Setúbal, por falta de investimento e, apela fortemente para que haja atos em vez de palavras.

Apela à Direção Clínica, para que possa intervir no âmbito das suas competências, bem como à Direção do Serviço de Urgência, para que quando os critérios mínimos não estejam assegurados comunique com o INEM e encerre a urgência.

O SIM exige ao Governo e à ARS Lisboa e Vale do Tejo a contratação de médicos.

O SIM envia a presente comunicação ao Presidente da Secção Regional Sul da Ordem dos Médicos no sentido de serem tomadas as necessárias providências.

Lisboa, 24 de agosto de 2021

O Secretariado Regional do SIM/LVT
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