Sindicato Independente dos Médicos

O Sindicato Independente dos Médicos manifesta a sua solidariedade à atitude dos chefes de equipa de urgência do Centro Hospitalar do Oeste, Unidade de Caldas da Rainha, que se demitiram para exigir melhores condições de assistência e para evitar o colapso do Serviço de Urgência, e bem assim ao protesto dos médicos da Medicina Interna.

Face ao número insuficiente de médicos, o crescente recurso a empresas de prestação de serviços - às quais chegam a pagar mais de 80 euros à hora, ou seja, quatro vezes mais do que ao médico especialista mais diferenciado - e o aumento do afluxo de utentes, exigem uma resposta do Ministério da Saúde.

Ao mesmo tempo, em comunicado assinado por 23 profissionais, os médicos de Medicina Interna do Centro Hospitalar do Oeste, Unidade das Caldas da Rainha, dizem estar no limite das capacidades físicas e mentais. "Encontramo-nos no limite das nossas capacidades físicas e mentais, exaustos, desanimados, desgastados, desmotivados, mas sobretudo em sofrimento ético e em risco profissional. E na nossa profissão o erro mata! ", dizem os Internistas no comunicado.

Não adianta ao Ministério da Saúde proclamar que tudo está bem, que há muito mais meios e que aumentam as verbas do orçamento de estado em centenas de milhões, quando a realidade prevalece em relação à propaganda.

É fundamental atrair profissionais, não apenas através da correta remuneração, mas também oferecendo condições de trabalho e de progressão e diferenciação profissional.

É fundamental tratar bem os médicos e evitar as rescisões que têm ocorrido.

É fundamental que a Srª. Ministra, quando receber os sindicatos, negoceie uma grelha salarial, negociação essa que o Governo se comprometeu a fazer há 10 anos e não se sirva desta reunião só para propaganda.

O Sindicato Independente dos Médicos reafirma a sua total disponibilidade para negociar de forma séria.

Numa palavra: é fundamental apoiar o SNS, não por palavras, mas por atos.

O Secretariado Regional do SIM LVT