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Sindicato Independente dos Médicos

Público: Mais de 2500 médicos e enfermeiros saíram do SNS nos anos de pandemia

30 abril 2022
Público: Mais de 2500 médicos e enfermeiros saíram do SNS nos anos de pandemia
Público, 30 abril 2022, Ana Maia

Nos primeiros dois anos de pandemia, entre término de contratos e rescisões, saíram do Serviço Nacional de Saúde (SNS) mais de 2500 médicos e enfermeiros, segundo dados da Administração Central do Sistema de Saúde enviados ao PÚBLICO. As queixas de falta de condições de trabalho têm sido recorrentes e apontadas por sindicatos como um dos motivos para a incapacidade de retenção do serviço público.

Perto de 800 médicos e pouco mais de 1800 enfermeiros deixaram o SNS nesses dois anos e não regressaram. Apesar desta realidade, "o número total de médicos especialistas registou um aumento de 1210 efectivos, assim como o número total de enfermeiros sofreu um aumento de 4473 profissionais”, diz a ACSS.

Recentemente, um despacho publicado em Diário da República assinalava a saída de 11 médicos de família da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo por denúncia do contrato de trabalho a seu pedido e um aviso dava conta da saída de duas enfermeiras pelo mesmo motivo e na mesma ARS.

Apesar de existirem mais profissionais no SNS do que há seis anos, as queixas de falta de recursos humanos nos hospitais e em centros de saúde continuam a ser muitas, assim como as de falta de condições de trabalho.

"O Ministério da Saúde diz que contratou centenas de médicos, mas a verdade é que os serviços de urgência da esmagadora maioria dos hospitais tem equipas depauperadas em quantidade e em qualidade. Há cada vez mais prestações de serviço”, diz o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.

"No Hospital de Vila Franca de Xira as equipas da urgência externa estão depauperadas e a indicação foi fazer descer um médico da urgência interna, pondo a descoberto cerca de 200 camas. No Algarve há problemas com a urgência pediátrica e a indicação é que se resolve com os centros de saúde. Nos últimos quatro fins-de-semana mais de metade das maternidades de Lisboa transmitiu ao CODU que não podia receber grávidas. Há problemas na medicina interna do Centro Hospitalar do Oeste, na ortopedia de Leiria”, enumera, o que leva o sindicato a duvidar do saldo positivo de médicos que o ministério apresenta. Se nada mudar, "os concursos para a contratação de recém-especialistas não serão suficientes para colmatar as deficiências”, diz Roque da Cunha.

Artigo completo em Público.

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