O arranque de reforço da vacinação aos residentes em ERPIs e idosos com mais de 80 anos, é de saudar. De igual modo o recomeçar da possibilidade da realização de testes rápidos de antigénio em laboratórios convencionados (pena que não se volte a aproveitar a grande cobertura que as farmácias comunitárias representam) é um passo importante para a contenção desta sexta onda.
A supressão das Áreas Dedicadas Respiratórias hospitalares e comunitárias (ADR) é uma faca de dois gumes... Se veio permitir a libertação de médicos e enfermeiros para as suas tarefas de base, veio sobrecarregar as urgências hospitalares e as consultas abertas centros de saúde (que não têm capacidade de resposta suficiente e estando já a trabalhar em pleno na retoma das suas tarefas primordiais), face a hesitações e lentidão da resposta do SNS24.
Bem fez o Hospital de São João – Porto, já com centenas de profissionais afectados e com recordes de afluência ao serviço de urgência, que manteve em funcionamento as suas "áreas respiratórias” e adaptou as suas estruturas físicas à nova realidade.
Sendo os profissionais de saúde a linha da frente no combate à pandemia, o SIM exige que o Governo acautele a sua vacinação. Trata-se, aliás, de uma obrigação legal do Ministério da Saúde e das restantes entidades empregadoras da Saúde, privadas e do setor social.