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Sindicato Independente dos Médicos

Público: Se os médicos do quadro dos hospitais recebessem tanto como os “tarefeiros”, urgências teriam menos problemas

14 junho 2022
Público: Se os médicos do quadro dos hospitais recebessem tanto como os “tarefeiros”, urgências teriam menos problemas
Público, 14 junho 2022, Alexandra Campos

Ao início da noite desta segunda-feira, à saída de uma maratona de reuniões com responsáveis dos hospitais, da Ordem dos Médicos (OM) e dos sindicatos do sector, após três dias de encerramentos e de transferência de doentes de urgências de ginecologia-obstetrícia de vários hospitais, Marta Temido foi vaga nas declarações aos jornalistas. Não revelou que medidas concretas tem em carteira nem explicou como tenciona resolver um problema que está a provocar uma grande disrupção no funcionamento destes serviços – o pagamento diferenciado das horas extraordinárias aos médicos do quadro dos hospitais e aos clínicos que são contratados em prestação de serviço (vulgo "tarefeiros").

Os "tarefeiros” chegam a cobrar, em situações excepcionais em que não há alternativa como as deste fim-de-semana prolongado, mais de 100 euros por hora. Recebem habitualmente 40 a 50 euros por hora, cerca de três vezes mais do que o que é pago aos médicos do quadro dos hospitais e, se faltarem, não podem ser penalizados. E há muitos médicos que preferem abandonar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e ficar a trabalhar à tarefa.

Os problemas são muitos, mas aquele cuja resolução é mais premente é o de "harmonização” do que se paga aos médicos dos quadros dos hospitais que fazem horas extraordinárias nas urgências e os valores que recebem os prestadores de serviços, defende o presidente da Sociedade Europeia de Medicina Perinatal. "É muito desagradável ter um médico a ganhar 25 euros à hora e vir outro de fora [do hospital] ganhar mais de 100 euros por hora”, o que acontece em fins-de-semana prolongados, no Natal e no Verão, exemplifica

Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, também põe a ênfase no problema de uma grande parte das urgências estarem actualmente a ser garantidas por prestadores de serviços que não tem vínculo às instituições. "Se calhar faz mais sentido propôr-lhes um contrato individual de trabalho. É obvio que, com os actuais salários, não conseguimos recrutar porque não somos competitivos...”. Os hospitais precisam de autonomia e flexibilidade para poder contratar os médicos que necessitam, diz, notando que, no início da carreira, um médico ganha pouco mais de 2700 euros brutos (cerca de 1800 euros líquidos) no SNS.

Artigo completo em Público.

NOTA DA REDACÇAO
O artigo online foi corrigido já depois de efectuado este nosso Recorte de Imprensa.
Assim o 2º paragrafo deste Recorte deve ler-se:


As empresas que contratam "tarefeiros” especialistas chegam a pedir, em situações excepcionais como as deste fim-de-semana em que não há alternativa e está em risco o funcionamento dos serviços, 100 euros por hora, apesar de os limites definidos serem muito inferiores. Os prestadores de serviços podem chegar a receber, mesmo fora das datas críticas e dependendo dos hospitais, "30, 40, 50 euros por hora”, segundo o bastonário da OM, cerca de três vezes mais do que o que é pago aos médicos do quadro das unidades do SNS

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