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Sindicato Independente dos Médicos

Público: Aumento das consultas nos centros de saúde com pouco reflexo nas urgências

21 dezembro 2022
Público: Aumento das consultas nos centros de saúde com pouco reflexo nas urgências
Público, 21 dezembro 2022, Lusa

Os centros de saúde alargaram os horários, estão a atender nalguns casos o dobro dos doentes, mas esta situação está a ter pouco impacto na redução da procura das urgências hospitalares, segundo a Associação de Medicina Geral e Familiar.

Fazendo esta quarta-feira um balanço desta medida, o presidente da Associação Portugueses de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Nuno Jacinto, disse que este atendimento está a ser feito pelos profissionais dos cuidados de saúde primários, que sofrem de "uma falta de recursos crónica".

Isto significa, adiantou, que "vão ter que trabalhar mais, fazer horas extraordinárias e ter que dedicar uma fatia maior do seu horário de atendimento da doença aguda".

"Em muitas das unidades já foi preciso reajustar horários, muitas vezes até desmarcando alguma da actividade programada de vigilância e de prevenção de outros utentes, doentes crónicos e grupos vulneráveis para dar resposta à doença aguda tal é a procura", explicou, elucidando que há unidades que duplicaram a sua capacidade de resposta em relação àquilo que tinham planeado.

Disse, contudo, que "não é totalmente transparente" se está registar-se alguma diminuição do recurso às urgências hospitalares.

Nesse sentido, frisou: "Não podemos assumir que a responsabilidade das urgências estarem cheias é dos centros de saúde porque não é. O que verificamos é que mesmo quando os centros de saúde estão a dar essa resposta, o reflexo que existe a nível das urgências é pouco, acaba por ter pouco impacto e os números, que são públicos, são oficiais, traduzem isso mesmo."

O responsável explicou que o que se passa é que Portugal continua a ter um sistema de urgência que permite "a ida directa" do doente sem qualquer tipo de referenciação, sem contacto com o SNS 24 ou o médico de família.

No seu entender, também é preciso "uma forte aposta" na educação para a saúde, "num funcionamento forte do SNS24", que tem um papel importante até na promoção dos autocuidados.

Artigo completo em Público.

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