Chegou ao conhecimento do Sindicato Independente dos Médicos - SIM, que a situação na urgência do Hospital de Portalegre continua a degradar-se.
As escalas dos médicos de urgência estão sempre abaixo dos mínimos técnicos recomendados e repetidamente estão médicos a realizarem turnos 48 horas (e por vezes de 60 horas) ininterruptas, muito acima do que é legal, potenciando o erro médico e colocando em perigo a segurança dos profissionais e dos doentes. Lamentavelmente, o pedido repetidamente formulado ao IGAS, para que estas escalas de urgência, sejam alvo de investigação, fica sem resposta.
O SIM tem inclusivamente alertado para o perigo de, mantendo-se esta situação, haver perda de idoneidade de alguns serviços. E é sabido como a formação de médicos internos é vital para a instituição e a prestação de cuidados de saúde.
Nos últimos anos, o SIM tem repetidamente alertado o Ministério da Saúde sobre a situação difícil que vive a ULSNA, EPE, avisando sobre a falta de condições de segurança e de trabalho dos médicos, a falta de políticas para a captação de médicos para a região e relembrando que também há que proporcionar incentivos para obviar a que os médicos que já se encontram na região a abandonem.
O silêncio, quer do poder central quer do Conselho de Administração, é sintoma da falta de interesse pela resolução dos problemas e pela saúde da população alentejana.