Relativamente ao tema de Olivença ser portuguesa, o Dr. Nuno Melo, presidente do CDS-PP referiu que "não se abdica" dos "direitos quando são justos”. No entanto, e aparte desta questão histórica, o Senhor Ministro da Defesa Dr. Nuno Melo continua a falhar no que é mais urgente: garantir cuidados de saúde dignos aos militares, veteranos e suas famílias no Hospital das Forças Armadas.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) reuniu, no passado dia 18 de junho, com o Senhor Secretário de Estado da Defesa Nacional para discutir os graves problemas que afetam a saúde dos militares. Apesar dos esforços do SIM para colaborar na resolução destas questões, desde então nada se alterou relativamente aos médicos civis no Hospital das Forças Armadas.
É incompreensível que, nos últimos 20 anos, não tenha sido aberta nenhuma vaga para assistente graduado sénior no Ministério da Defesa, ao contrário do que tem sido feito no Ministério da Saúde. Esta disparidade é uma afronta aos profissionais que dedicam a sua carreira ao serviço dos militares e que continuam a ser ignorados e injustamente remunerados.
Além disso, a atribuição da Dedicação Plena aos diretores/chefes de serviço e médicos dos hospitais militares continua por concretizar, apesar dos pedidos. Esta situação afeta diretamente a capacidade dos profissionais em prestar um serviço de qualidade e a retenção dos mesmos nos hospitais das Forças Armadas.
O SIM já questionou em várias ocasiões se o atual Governo irá respeitar as leis em vigor ou se continuará a seguir a postura dos anteriores executivos, que falharam sistematicamente na resolução destes problemas.
A falta de progressão na carreira médica, em especial a passagem de assistente para assistente graduado, é outro ponto crítico que tem sido sucessivamente ignorado. Esta estagnação cria um ambiente de desmotivação e frustração, colocando em causa o futuro do Hospital das Forças Armadas.
Apelamos a que o Senhor Ministro da Defesa dedique atenção à situação alarmante do Hospital das Forças Armadas. A nossa história e soberania são importantes, mas igualmente relevante é garantir cuidados de saúde de qualidade a quem arrisca a vida pela pátria.
Por fim, o SIM concorda inteiramente: "não se abdica" dos "direitos quando são justos". Espera assim uma resposta célere ao pedido de reunião endereçado e que o Senhor Ministro da Defesa aja com a seriedade e urgência que esta situação exige.