Foi hoje finalmente aprovado em Conselho de Ministros o decreto-lei da nova grelha salarial resultante do acordo do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
Trata-se da demonstração cabal da atitude correta do SIM de tudo fazer para se atingir um acordo, tendo assinado um protocolo negocial e, após duras negociações, ter conseguido melhorar os salários e as condições de trabalho dos médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O acordo subscrito pelo SIM, não sendo o acordo ideal, também não é o fim do caminho, mas sim um novo ponto de partida. Felizmente, o SIM não entrou em bloqueios tacticistas do processo negocial, bloqueios que nos fariam perder uma janela de oportunidade única e que nos levariam, inevitavelmente, a ser arrastados para o combate político das eleições que se avizinham.
Há ainda muito trabalho a fazer para melhorar as condições remuneratórias e laborais dos médicos. Fá-lo-emos, a todo o tempo, com diligência e responsabilidade.
Foram dirigidas múltiplas acusações ao SIM à custa das negociações e respetivo acordo, inclusive com ataques de caráter. A isso respondemos com flexibilidade, capacidade negocial e sentido de responsabilidade. Pela simples razão de que nunca nos acantonámos em inexpugnáveis redutos político-ideológicos. Já basta a crise política e a instabilidade que o País atravessa, péssimas para combater as debilidades do SNS, e que, claro, complicam qualquer acordo e processo negocial.
Para o SIM, o sindicalismo implica, acima de tudo, uma postura independente, realista e de responsabilidade social.
Continuaremos, como sempre estivemos, disponíveis para a construção de um melhor SNS, certos de que tal só será possível com mais médicos e melhores condições de trabalho.