Sindicato Independente dos Médicos

O fim de semana da Páscoa ficou marcado por serviços fechados e constrangimentos no acesso a cuidados de saúde, sobretudo nas especialidades de Ginecologia e Obstetrícia.

"É preciso coragem para, a curto prazo, definir um plano muito específico na região de Lisboa”, destaca o Secretário-Geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

Em declarações à SIC Notícias, Nuno Rodrigues apela ao próximo Governo para fazer "um plano revolucionário”, pois "as situações excecionais [têm que ser] tratadas com medidas excecionais”.

Ligar antes de ir para as urgências "tem efeitos positivos, mas diminutos”, afirma o Secretário-Geral. Nuno Rodrigues recorda que "a última análise feita à linha SNS Grávida” revelou que "a grande maioria das grávidas foi, de facto, encaminhada para a urgência”.

O dirigente destaca, ainda, que "os Médicos de Família fazem uma formação de três meses em Ginecologia e Obstetrícia e o número de vagas para o internato de Medicina Geral e Familiar vai ser cortado”, pois já não há capacidade formativa.

Além disso, o SIM considera que "um prestador de serviços não pode ganhar mais do que um médico do quadro”.

"Temos, repetidamente, transmitido aos Governos que é insustentável”, acrescenta. E justifica: "Só em prestação de serviços, [o Estado paga] 200 milhões de euros anuais. Algo que devia ser pontual, é já uma parte do sistema”.