O SIM participou na Assembleia Geral da Federação Europeia de Médicos Assalariados (FEMS), da qual é membro, realizada em Bruxelas nos dias 10 e 11 de outubro de 2025, onde foram abordadas algumas das questões mais urgentes que afetam a profissão médica na Europa.
Um dos temas centrais discutidos foi a necessidade de reconhecimento da natureza exigente do trabalho médico e garantir proteções adequadas para aqueles que dedicam suas vidas a cuidar dos outros.
Além disso, a FEMS trabalhou na Declaração dos Direitos Fundamentais dos Médicos, que pretende estabelecer os direitos primordiais dos médicos como trabalhadores e como elementos essenciais para a sustentabilidade e qualidade dos sistemas de saúde.
Ao longo das discussões, ficou claro que a escassez de médicos na Europa não é apenas uma questão numérica, mas o resultado de uma crise mais profunda: a perda de atratividade da profissão.
Os médicos merecem estar ativamente envolvidos nos processos de tomada de decisão e exercer a sua profissão com um grau adequado de autonomia — condições essenciais para sua satisfação profissional e pessoal.
A FEMS reafirma o seu compromisso com a defesa e o apoio aos médicos assalariados, com a garantia de que sua voz é ouvida ao nível europeu. Nesse âmbito, pretende contribuir com a sua experiência, dados e soluções para o plano europeu de crise da força de trabalho na saúde, promovido pelas "Comissão do Emprego e Assuntos Sociais” e "Comissão de Saúde Pública” do Parlamento Europeu. O contributo visa não apenas apresentar soluções para mitigar a escassez de médicos, mas abordar as suas causas profundas: o agravamento das condições de trabalho, a perda de motivação e o reconhecimento insuficiente do valor social do trabalho médico.
Prosseguirá, ainda, comprometida com o diálogo construtivo com governos, sindicatos, organizações médicas europeias e instituições europeias para transformar esses princípios em ações concretas e mensuráveis.
Com determinação, a FEMS continuará a trabalhar por uma profissão médica respeitada, atrativa e sustentável — e por um sistema de saúde público forte, equitativo e de alta qualidade em toda a Europa.