Reflexão de uma dirigente do SIM após a greve de 10 e 11 de maio de 2017:
Quando achamos que só devemos lutar por aquilo do qual podemos usufruir, deixamos de lutar por princípios; deixamos de achar que é igualmente importante marcar a diferença por aquilo que ajudamos a construir para os que aí vêm; deixamos de ter a noção de que somos os mestres e mentores; deixamos de acreditar na nobreza da profissão... enfim! Banalizamos aquilo que queríamos que fosse tratado com deferência... fazemos a mesma coisa que outros antes de nós fizeram e que por isso agora temos o que temos; tornamo-nos vendedores de tratamentos e não médicos com a nobre arte de promotores da saúde...
Porque é que se luta por algo que não se vai beneficiar???
Porque se eu quiser que haja sombra num lugar, ponho a semente e trato de garantir que germine... ensino outros a cuidarem e a regarem... e fico feliz pois aquela semente em árvore se irá transformar e, quando eu já cá não estiver, a minha essência ficou e garantiu a sombra onde outros um dia poderão se refrescar...