Lídia Ferreira, delegada sindical do SIM Madeira, afirma que "estamos a causar "doença” nos médicos. Os médicos não aguentam mais”.
Os médicos vão para greve a 10 e 11 de maio. Os motivos prendem-se com várias reivindicações que aqueles profissionais pretendem ver concretizadas, como sejam o pagamento a cem por cento das horas extraordinárias, a revisão das carreiras médicas, a reorganização dos serviços tendo em vista a redução do trabalho extra e das horas de prestação no serviço de urgência.
O Fórum Médico, orgão que reúne associações sindicais e associações representativas dos clínicos, reunido esta terça-feira, decidiu-se pela paralisação e os dirigentes, quer do Sindicato Independente dos Médicos, quer da Federação Nacional dos Médicos, acusaram o Governo da República de falta de vontade para resolver todos estes problemas. O ministro já veio dizer que as reivindicações dos médicos irão ser satisfeitas. O SIM Madeira, por outro lado, pede intervenção do Governo Regional junto da República, atendendo a que uma greve na Madeira tem mais reflexos negativos do que no espaço continental.
Não há vontade para um consensoLídia Ferreira, Cirurgiã Geral, delegada sindical do SIM na Madeira, reforça a idéia que "assistimos, sucessivamente, a promessas que são proteladas ou reavaliadas, de tal modo que chegamos à conclusão que não há grande vontade e facilidade em chegarmos a um consenso. E isso tem como consequência o esgotamento da via negocial e o aparecimento de uma outra via, que corresponde à paralisação, que deve ser o último recurso e que, até ao último momento, é possível alterar”.
Aquela responsável sindical diz que o Sindicato Independente dos Médicos defende "a estabilidade laboral para os médicos e quer travar, por exemplo, a saída de profissionais para o estrangeiro”, mas para isso, afirma, "é preciso ter em conta a melhoria das condições de trabalho, apesar de ser importante a remuneração”.
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