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Compreendi
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Sindicato Independente dos Médicos

Medicamento

02 novembro 2011

Era inevitável. O aperto financeiro obrigaria a olhar para um dos maiores sorvedouros – a despesa do SNS na comparticipação dos medicamentos.

Saliente-se, quase em defesa da honra, que os licenciados em Medicina fazem todo o seu percurso universitário na base da prescrição em dci, que os médicos portugueses, na área hospitalar, sempre receitaram por dci e que não há outra forma de prescrição em ambiente hospitalar.

Acresce que os médicos estão deontologicamente vinculados a prescrição de medicamentos com expressa observância de custo benefício.

Por outro lado, ainda na área hospitalar, os médicos estão habituados a limitações técnicas na prescrição pois adoptam o Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos, FHNM, e têm que justificar quando dele se pretendem afastar.

O que nunca ninguém compreendeu, nem compreende, é porque não se estende essa limitação técnica a toda a comparticipação do SNS, adoptando um Formulário Nacional de Medicamentos.

Certo que o actual Ministro da Saúde mexeu neste sector, como nenhum outro, deixando tudo e todos muito nervosos. Esmagou margens, condicionou prescrição por dci, obrigou a vencer uma inércia de anos e introduziu Normas de Orientação Clínica, patrocinadas pela Direcção-Geral de Saúde, com aval tardio da Ordem dos Médicos, a que os médicos do “Sistema” estão vinculados e ao qual devem obedecer, obrigando-se a justificar cientificamente as derivas, sem achismos, fé, impressão ou experiência pessoal.

Revolução.

Por mais que se debata, por mais páginas de jornais que se encham, mesmo que pagas, nada mudará o que é evidente. Nunca a política se suportou tão bem em ciência.

Os médicos têm que se fundamentar em Medicina baseada em ciência e em factos.

As teorias conspirativas ou pseudo científicas não nos honram. Bem pelo contrário. Colam-nos a guerras que não são nossas, afastam-nos da sociedade onde estamos inseridos, isolam-nos nas paisagens de águas quentes que, dizem, defendemos.

A verdade e os factos são muito claros e muito consistentes, baseados em décadas de informação sólida internacional acumulada nos países ocidentais:

A prescrição por dci é essencialmente segura, custo efectiva e serve os melhores interesses dos doentes e da sociedade no seu conjunto.

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