Mais de seis meses volvidos desde o início dos conflitos, três meses decorridos depois de uma greve de dois dias dos Médicos Anestesistas do Hospital de Braga e 37 dias decorrido depois de uma reunião negocial com a Administração em que foi prometida a resolução dos problemas vigentes, não só estes não foram solucionados como ainda são agravados. Assim vemos que:
1º. As disfunções organizacionais e de planeamento com repercussões clínicas, com desrespeito pelas normas laborais e de horários de trabalho, e repercussão sobre a actividade formativa dos Médicos Internos, não só se mantém como tem a agravante de estarem a ser feitas escalas semanais e de pretenderem que os médicos ultrapassem os limites semanais do trabalho extraordinário;
2º Continua a verificar-se, na ausência do Director de Serviço, o recurso sistemático a médicos “tarefeiros”, completamente alheios a procedimentos, protocolos e modelos de trabalho do Serviço, recrutamento esse agora efectuado pessoal e directamente pela “substituta” do Director, oferecendo-lhes inclusive melhores condições do que as que em tempos foram dadas ao pessoal da casa;
3ª A Ordem dos Médicos parece ter sido iludida, uma vez que os equipamentos técnicos reclamados pelos médicos para um correcto e seguro exercício da sua actividade continuam sem ser disponibilizados.
Gostaríamos de evitar o recurso a formas de protesto mais duras para a resolução de uma situação que apenas serve os interesses de quem neste processo está mal-intencionado. Mas…
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