Política de Cookies

Este site utiliza Cookies. Ao navegar, está a consentir o seu uso.Saiba mais

Compreendi
aa

Sindicato Independente dos Médicos

Colheita de sangue a condutores ainda pode ser inconstitucional

24 fevereiro 2011

Um condutor que incorra num crime de desobediência por recusar uma colheita de sangue para determinação do grau de alcoolemia pode tentar invocar a inconstitucionalidade material das normas do Código da Estrada. Ou seja, pode argumentar que a lei, ao puni-lo por recusar uma colheita de sangue, ofende direitos fundamentais consagrados na Constituição, como, por exemplo, o direito à liberdade religiosa. "Um condutor pode alegar que desobedeceu à ordem não por não querer cumprir a lei, mas porque o seu culto religioso não o permite. Perante isso, o tribunal terá de averiguar se há ou não inconstitucionalidade", explica o professor de Direito Constitucional Tiago Rodrigues Bastos. Pelo menos três acórdãos do Tribunal Constitucional decidiram que não existe inconstitucionalidade orgânica nas normas do Código da Estrada que, a partir das alterações feitas no Decreto-Lei 22/2005, de 23 de Janeiro, retiraram ao condutor a possibilidade de recusar a colheita de sangue. Ao invocar inconstitucionalidade orgânica das normas, o que se põe em causa é que o governo tem competências para legislar sobre a matéria sem discussão prévia no parlamento. 

Notícia completa

Horas ExtraCalculadora

Torne-se sócio

Vantagens em ser sócio