A TSF transmite a secura das coisas simples. Diz:
Contactado pela TSF, o gabinete do ministro da Saúde disse que o SIM foi recetivo à proposta da tutela sobre a desmarcação da greve.
Com efeito, o SIM não poderia responder eticamente de outro modo à solicitação do Governo. E aqui perdoar-nos-á a TSF a ousadia da correcção. A proposta de desconvocação da greve partiu do Governo (Ministério da Saúde, em peso, e Ministério das Finanças, através do Secretário de Estado da Administração Pública, subscritores com os Sindicatos Médicos dos ACT em vigor, maltratados por Lei do Orçamento de Estado que a Assembleia da República validou largamente).
Claro que já circulam as teorias mais mirabolantes, numa espiral imaginativa que orgulharia Hollywood.
Os dirigentes do SIM cederam a ameaças de processos e despedimentos.
Os dirigentes do SIM safaram a sua vidinha aceitando magnânimos cargos em troca da venda da classe médica.
Os dirigentes do SIM não souberam espremer o Governo e obrigá-lo quiçá à demissão.
Tantos revolucionários de dia seguinte!
Os médicos vão continuar a ser mal pagos? Vão e têm toneladas de razão para estarem danados.
Mas o SIM foi sensível à desmarcação da Greve para permitir normalidade negocial.
Não sabemos/não podemos/não devemos agir eticamente de outro modo, mesmo sabendo que muitos vão saltar para este comboio que recolocámos em andamento: a negociação colectiva. Sejam bem vindos se vierem por bem.
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