Sindicato Independente dos Médicos

                                                  COMUNICADO

Os médicos do Serviço de Anestesiologia do Hospital de Braga cumpriram uma greve de dois dias em defesa de melhores condições de trabalho, as quais lhes permitam um melhor desempenho, quer no que se refere a um menor risco anestésico cirúrgico para os doentes, quer do ponto de vista de respeito pela sua dignidade pessoal e profissional.

A adesão a esta greve é uma evidência do sentir dominante do Serviço, bem como do clima que nele se vive desde há cerca de ano e meio: 95% dos médicos aderiram à greve!

No mesmo jeito de balanço, há que reiterar os aspectos mais relevantes que levaram o SIM a decretar esta greve:

1. Disfunções organizacionais e de planeamento com repercussões clínicas;

2. Desrespeito pelas normas laborais e de horários de trabalho;

3. Deficiências na formação dos Médicos Internos;

4. Recurso sistemático a médicos “tarefeiros” e empresas, completamente alheios a procedimentos, protocolos e modelos de trabalho do Serviço;

5. Assédio psicológico sobre os médicos que não se disponibilizam para trabalhar em produção adicional face à alteração unilateral das condições em que se pretende que seja prestada;

6. Modelos de gestão e de liderança desmotivadores e criadores de um clima pouco propício a um efectivo desempenho assistencial;

7. Bloqueio da negociação de um Acordo de Empresa que permita aos trabalhadores médicos usufruir das garantias dos demais médicos do SNS independentemente do seu regime jurídico de trabalho.

Durante todo o processo a Comissão Executiva entregou a defesa pública da instituição a quem lamentavelmente quis negar o inegável, prestando mais um mau serviço ao Hospital de Braga. Tal como o fizeram aqueles que violaram gravemente a Lei da Greve.

O SIM confia no entanto que a Administração deseje encetar de imediato um processo de negociação credível e honesto para a resolução dos problemas do Serviço de Anestesia do Hospital de Braga, processo esse em que os representantes locais e regionais do Sindicato estarão disponíveis para a defesa dos legítimos interesses dos médicos.

Lisboa, 03 de Junho de 2013

                                                                                          O Secretariado Nacional