A comunicação social apregoa que “Governo cede tudo ao Hospital S. João”, incluindo a fixação de cerca de 24 médicos que acabaram o Internato.
A concretizar-se tal disposição sem concurso público de recrutamento, é colocada em causa a Carreira Médica e a contratação de profissionais médicos através de um processo transparente e claro, sem compadrios ou favorecimentos sempre possíveis, segundo procedimentos legislados e objecto de normas de contratação colectiva publicados em Diário da República e em Boletim do Trabalho e Emprego.
O Hospital de S. João já estava aliás em contravenção por não indicar à ACSS as vagas para Assistentes Hospitalares, correspondentes às suas necessidades identificadas, assim não figurando nos mais recentes Avisos de abertura de concurso.
Isto é também muito injusto para a Ordem dos Médicos, que recentemente elevou publicamente o CA do HSJ e seus dirigentes a “heróis no combate ao ministério da saúde” e que tem pugnado pela abertura de concursos “abertos” (promovendo inclusive a impugnação dos realizados de modo “fechado”) e que agora se terá de pronunciar quanto a esta ausência de concurso.
A concretizar-se o anunciado, está aberta uma Caixa de Pandora: se é autorizado um procedimento fora-da-lei ao Hospital de S. João, então porque é que não é de igual modo autorizado (com ou sem ameaças de demissões) a todos os Centros Hospitalares, Hospitais EPE e dos SPA, ULS's, e mesmo ARS's?
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