Na unidade de Famalicão do CHMA funciona uma Urgência Médico-Cirúrgica, cujas novas instalações foram há não muito tempo inauguradas com pompa e circunstância mas sem recursos humanos suficientes para o ser.
O problema é transversal a várias especialidades, nomeadamente a Ortopedia e a Medicina Interna.
No caso da Ortopedia são 10 os especialistas com contratos diversos (em FP, individual de trabalho 40h e ainda um elemento em 42h), dos quais só existem 8 para assegurar urgências de 24/24 horas (o que refira-se não é legal dado que um médico, para sua segurança e dos doentes não deve fazer mais do que um período de 12 horas), e que são manifestamente insuficientes.
Existem tarefeiros, especialistas e internos em várias fases de formação e pertencentes a outros hospitais, que vão colmatando algumas equipes de forma inconsistente, por não terem uma obrigação de vínculo a qualquer equipe e são escalados segundo a sua conveniência o que, dadas as circunstancias, é perfeitamente compreensível. Toda esta situação provoca uma desarticulação do trabalho e das escalas, ficando muitas vezes no período da manhã apenas um médico especialista ao serviço coadjuvado por um médico interno (limitado na sua fase de formação e que tem que ser tutelado, logo obriga a acompanhamento constante).
Se não houver nenhum tarefeiro disponível, acontece que um Especialista de Ortopedia tem que realizar sozinho as 24h de SU, com grave afectação do seu estado físico e emocional, pondo em risco a sua segurança e a dos doentes.
No caso da Medicina Interna assiste-se ao 3 em 1... Equipas subdimensionadas têm de assegurar a Urgência, as situações de urgência interna e a Unidade de Cuidados Intermédios.
Por outro lado mantêm-se os problemas com o funcionamento do tratamento do ar: no SU e nalguns serviços, aparentemente o equipamento foi subdimencionado e não é sujeito a manutenções. Assim, ou não funciona ou funciona mal e é vulgar trabalhar-se com temperaturas elevadas e sem renovação de ar num ambiente perfeitamente saturado e insalubre.
Sendo certo que o actual CA apenas tomou posse em fins de Março, e tendo sido já alertada a ARS Norte, urge dar solução a estas questões.
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