A falácia dos cálculos elaborados pelos "especialistas de gabinete" quanto à situação dos não especialistas contratados no Alentejo Litoral, com a consequente constatação de "necessidades" em Médicos de Família é a seguinte:
ALCÁCER:
- 5 médicos não especialistas com um total de 7.034 inscritos;
- ZERO necessidades de MF;
GRÂNDOLA:
- 3 médicos não especialistas com um total de 5.270 inscritos;
- ZERO necessidades de MF;
ODEMIRA:
- 10 médicos não especialistas com um total de 1.6169 inscritos;
- UMA necessidade de MF (1.498 utentes sem médico assumidos);
SANTIAGO:
- 5 médicos não especialistas com um total de 8.715 inscritos;
- DUAS necessidades de MF (3.252 utentes sem médico assumidos);
SINES:
- 4 médicos não especialistas com um total de 5.634 utentes inscritos;
- DUAS necessidade de MF (3.290 utentes sem médico assumidos).
Assim o Alentejo Litoral apresenta oficialmente uma necessidade de apenas 5 médicos, quando 42.822 utentes têm atribuído um médico não especialista!
Ou seja os doentes compram GATO POR LEBRE, porque aparentemente estas pessoas têm Médicos de Família... que não o são efetivamente e são tratados como cidadãos de segunda.
Isto está a colocar em causa a qualidade do exercício técnico e a especialidade de Medicina Geral e Familiar, não podendo a Ordem dos Médicos lavar as mãos perante uma situação que não pode ignorar.
E estão a ser assim sonegadas vinte e sete (27) vagas do SNS para os recém-especialistas em MGF.