O funcionamento da Urgência Pediátrica do Porto parece apresentar vários problemas não só no que diz respeito a questões organizativas como também quanto à falta de recursos humanos, situação esta que levou à
tomada de posição dos Pediatras do Hospital Pedro Hispano – ULS Matosinhos, entidade esta que dá o seu contributo para o regular funcionamento daquela Urgência Metropolitana.
Estas situações foram já reiteradamente denunciadas às chefias hierárquicas e até mesmo à Ordem dos Médicos, sem que nada se alterasse.
No que diz respeito aos recursos humanos, por altura da campanha para a eleição dos Colégios de Especialidade foi tornado público um parecer de 2016 (do Colégio de Especialidade) que estabelecia a composição da equipa tipo para um Serviço de Urgência de Pediatria.
Com base nesse parecer verifica-se que a composição da equipa do Hospital Pedro Hispano é altamente deficitária - dos 13 elementos que deviam ser escalados (tendo em conta a média de atendimentos anual) há autorização para escalar apenas 9 (com reforço de mais 1 elemento de dezembro a março e menos 1 elemento de 15 de julho a 15 de setembro). Para além disso também não é tida em conta a diferenciação dos elementos (sendo que o parecer do Colégio recomenda pelos menos 50% de especialistas ou internos do 5º ano, o que também não se verifica na equipa do Hospital Pedro Hispano).
Com base nestes argumentos os Pediatras do Hospital Pedro Hispano entregaram um novo abaixo-assinado (em anexo) à Direção Clínica (com conhecimento do Diretor de Departamento e do Serviço) declinando quaisquer falhas que possam ocorrer na sua prática clínica em virtude das más condições de trabalho a que são sujeitos.Abaixo-assinado dos Pediatras do Hospital Pedro Hispano