Sindicato Independente dos Médicos

Sob o título chamativo de "Erro médico mata mais do que acidentes na estrada”, mas em que se mistura erro com negligência, o JN dá conta da existência de uma Associação de Vítimas de Negligência Médica em Portugal (Neglimed), cujos objectivos segundo a sua presidente são os de "informar, esclarecer, apoiar e encaminhar as vítimas de negligência, sobre os procedimentos com vista à defesa dos seus direitos, particularmente no ressarcimento dos danos”, frisando ainda que o "propósito desta associação não e culpabilizar os profissionais de saúde”.

O Sindicato Independente dos Médicos concorda em absoluto que "É fundamental que o erro seja reconhecido, reportado, se aprenda com ele e não se repita”.

E incentiva a referida associação a reportar publicamente todas as situações que cheguem ao seu conhecimento de deficientes condições de trabalho dos profissionais de saúde em geral, e dos médicos em particular, porquanto tais situações são factores de promoção do erro médico pelo qual as administrações são responsáveis.

Os sindicatos médicos ao exigirem do Governo a redução do limite de trabalho extraordinário de 200 para 150 horas anuais, ao proporem a redução do trabalho em urgência de 18 para 12 horas semanais e com o limite de 12 horas por período de trabalho (inclusive para os médicos internos), ao exigirem o cumprimento dos descansos compensatórios após trabalho nocturno e ao fim de semana, ao pugnarem pela redução das listas de utentes dos Médicos de Família, ao quererem negociar com o Ministério da Saúde os limites diários do tempo de trabalho e a duração das consultas, ao denunciarem os problemas diários do sistema informático, ao denunciarem a falta e vetustez de equipamentos, ao proclamarem a insuficiência de recursos humanos no SNS, com tudo isso estão a prevenir o erro médico.