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Sindicato Independente dos Médicos

SIM convoca greve nacional médica para dia 2 de julho

18 junho 2019
SIM convoca greve nacional médica para dia 2 de julho
Os trabalhadores médicos foram compelidos à forma constitucional mais dura de luta e protesto (a Greve), por um Governo e um Ministério da Saúde que à vontade negocial dos sindicatos contrapõem intransigência e desinformação, empurrando-os para o papel de sindicatos de protesto em vez de sindicatos de diálogo.

1 - O Governo é responsável pela desorganização em que se encontram as urgências hospitalares, a desarticulação de serviços de saúde, a decadência acelerada em que se encontra um dos serviços sociais de maior importância e coesão social da democracia portuguesa: o SNS.

O Governo introduz normas contabilísticas nas unidades de saúde que limitam a liberdade de diagnóstico e de prescrição, introduzindo, sem os consultar, procedimentos administrativos na prática clínica que prejudicam gravemente a eficácia, a eficiência e a relação médico-doente. O ato clínico está ameaçado e os doentes são as principais vítimas.

O Governo contribui para a degradação das condições de trabalho dos trabalhadores médicos e a degradação remuneratória, "empurrando” muitos deles para as empresas privadas, que os recebem como recursos humanos com elevado potencial de rendimento e transformando a Saúde dos portugueses num bem entregue ao sector financeiro.

A paciência, a compreensão e a colaboração têm limites!

2 - Os trabalhadores médicos querem ter direito a condições de segurança de trabalho no SNS que protejam a sua saúde mental e física e a dos doentes que recebem os seus cuidados.

A paciência, a compreensão e a colaboração têm limites!

3 - A atividade dos trabalhadores médicos é de sobremaneira exigente, de responsabilidade e de risco, é praticado muitas vezes em horário noturno, fins-de-semana e feriados, em serviços de urgência e similares. Os trabalhadores médicos querem ter direito à sua vida familiar e social, que é repetidamente prejudicada.

O Governo contribui para a degradação das condições de trabalho dos trabalhadores médicos obrigando-os a trabalhar horas, muitas horas, acima do que ditam as regras elementares reguladoras da fadiga em trabalho médico, pondo em perigo a saúde dos portugueses.

E apesar de aprovado pelo Governo e publicado legalmente os termos em que deve decorrer o dever e o direito a descanso compensatório por esse trabalho, muitos conselhos de administração nomeados pelo governo, direta ou indiretamente através da conivência de Diretores de Serviço, teimam em não os cumprir, gozando da mais completa impunidade de um Ministério da Saúde que publica Despachos apenas para tapar o sol com uma peneira.

Muitos Serviços estão depauperados de trabalhadores médicos e com altas cargas de trabalho. Assiste-se a encerramento temporário de Serviços hospitalares por falta de trabalhadores médicos e muitos apenas funcionam com recursos inferiores aos tecnicamente preconizados pela Ordem dos Médicos para uma boa prestação de cuidados e para segurança dos doentes.

A paciência, a compreensão e a colaboração têm limites!

4 - Apesar da maior carga fiscal de sempre (35,4% pelos dados INE), o Relatório do Tribunal de Contas evidencia o menor investimento de sempre na saúde, 4,8 % do PIB. Os contribuintes portugueses tiveram de suportar um custo líquido com a ajuda à banca e restante setor financeiro no valor de 12,9 mil milhões de euros, entre 2007 e final do ano passado, indicam dados apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Tudo para um sector que afunda o país. Mas para a Saúde, o orçamento continua depauperado.

Deparamo-nos com equipamentos hospitalares obsoletos e sem manutenção periódica, e cada vez mais longe dos disponibilizados pelos privados (que têm investido fortemente) e corre-se o perigo crescente de termos uma saúde para ricos e uma saúde para pobres.

A paciência, a compreensão e a colaboração têm limites!

5 - Enquanto se argumenta que é inultrapassável o respeito pelo rigor orçamental, assiste-se a um aumento da despesa com empresas prestadoras de serviços médicos e tarefeiros.

Em 2018 o valor despendido já tinha superado 110.000.0000 euros, o que corresponde a 2.620.800 horas/ano, equivalentes ao trabalho de 1.260 trabalhadores médicos.

Contudo, para retribuir justamente o esforço dos trabalhadores médicos que se mantêm no SNS, não se tendo aposentando, emigrado ou mudado para o privado, "não há dinheiro...”

A paciência, a compreensão e a colaboração têm limites!


Pre-Aviso de Greve 2 de julho de 2019

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