Na sequência das declarações da Ministra da Saúde difundidas pela Antena 1 ("Não me parece que haja falta de médicos no Centro Hospitalar e Universitário do Algarve nem nos Hospitais da Universidade de Coimbra”), o SIM congratula-se por finalmente o país ter ficado com o problema resolvido do funcionamento deficiente dos serviços de urgência (e de em última instância terem que ser parcialmente encerrados).
Para a ministra, o que é preciso é "rever escalas e formas de organização”. E no caso concreto do CHUA, Marta Temido disse que "as escalas deste mês estão completas e que, se for necessário e as equipas internas sentirem incapacidade de fazer mais trabalho extraordinário, há equipas alternativas”.
Marta Temido disse ainda que o recurso a "prestadores de serviços” não é desejável, mas "a nós cumpre-nos, em primeira mão, responder às necessidades assistenciais da população”.
Portanto, aquilo que médicos e entidades que os representam, Ordem dos Médicos e Sindicatos, denunciam quanto a falta de recursos médicos é falso. As tomadas de posição pública dos Cirurgiões de Faro e dos Internistas de Coimbra são atitudes de má-fé...
Consta-se que Marta Temido terá avocado a si mesma a elaboração das escalas e constituição das equipas de urgência (e obviamente de acordo com as orientações técnicas existentes), numa cabal demonstração de organização. Gestor e governante é para isso mesmo.
E definitivamente decidido ignorar gastos em prestadores de serviços, preferindo pagar mais a tais prestadores do que rever as grelhas salariais dos médicos dos quadros do SNS para valores dignos.