O Sindicato Independente dos Médicos - SIM - solidariza-se com a médica barbaramente agredida no Serviço de Urgência do Hospital de São Bernardo - Setúbal, e que acabou por ter de ser operada de urgência a lesão oftalmológica no Hospital de São José.
Exara de novo o seu veemente protesto por, mais uma vez, este crime público ser encarado por parte de alguns protagonistas do sistema de justiça com alguma ligeireza restituindo o agressor à liberdade e perpetuando o sentimento de impunidade.
O SIM continuará a desenvolver iniciativas junto do poder político no sentido de responsabilizar os "criminosos” e proteger os profissionais médicos que diariamente protegem os seus utentes na saúde e na doença.
Salienta igualmente a necessidade de os médicos tomarem medidas que possam prevenir e dissuadir este tipo de comportamentos, e para tal elaborou para os seus associados instruções sobre o que fazer em caso de violência praticada contra os trabalhadores médicos.
Será de equacionar ainda que em situações semelhantes os médicos ao serviço interrompam a sua atividade - à exceção dos doentes laranja e vermelhos - em solidariedade para com as vitimas e até que estejam restabelecidas plenas condições de segurança
Por último, o SIM agradece ao Conselho de Administração do Hospital de São Bernardo a consagração lapalissiana de que exercer medicina num serviço de urgência é um atividade de risco. Esperemos que a Sra. Ministra o ouça.
Secretariado Nacional,
Lisboa, 27 de dezembro de 2019