Dia após dia. Semana após semana. Mês após mês. A paciência esgota-se. As impressoras avariam, não são reparadas e não são substituídas. Médicos desesperam e doentes esperam.
Um tinteiro de impressão, também não providenciados a contento das necessidades, é levado de mão em mão, de gabinete médico em gabinete médico e mergulhado numa impressora que ainda funciona, permitindo imprimir a prescrição de um exame complementar de diagnóstico não desmaterializado, de um certificado de incapacidade temporária para o trabalho (vulgo "baixa”), de uma prescrição de fisioterapia. Sim, porque muita coisa ainda tem de ser impressa e assinada de modo manuscrito.
Os alertas e apelos à ARS Lisboa e Vale do Tejo, sucedem-se. Ouvidos de mercador...
Os médicos em desespero equacionam uma de duas medidas: criar um "crowdfunding” que permita amealhar uns euros para comprar impressoras e tinteiros ou fazer um apelo à Srª Merkel para nos mandar umas impressoras (desde que não sejam alocadas a algum hospital privado)...