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Sindicato Independente dos Médicos

Também os Médicos Legistas dizem basta!

26 novembro 2021
Também os Médicos Legistas dizem basta!
Os médicos da Delegação do Sul (Lisboa) do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) enviaram esta terça-feira àquela Instituição uma mensagem a informar que deixarão de realizar trabalho em regime de prevenção a partir de Fevereiro do próximo ano e até que o Ministério das Finanças desbloqueie e autorize a contratação para médicos assistentes para o Mapa do Instituto.

Por outras palavras, não existirá Urgência de Medicina Legal no Sul do país nas noites, fins de semana nem feriados até que o Ministério das Finanças autorize a contratação dos sete médicos que terminaram a especialidade em 2020 e 2021. Esta Urgência inclui exames urgentes às vítimas de agressão sexual e a ida a locais onde se encontrem vítimas suspeitas de homicídio.

O Decreto-Lei nº 46/2020, de 24 de julho, estabelece que "relativamente à carreira especial médica, na área de medicina legal, a identificação da comprovada carência de pessoal médico e demais procedimentos previstos no presente decreto-lei com vista ao recrutamento é feita pelo INMLCF, I. P., e o despacho referido nos n.os 1 e 2 é da competência do membro do Governo responsável pela área da justiça.”

O Secretário de Estado Adjunto e da Justiça emitiu um Despacho em 2020 a autorizar a abertura de um concurso e emitiu um Despacho em 2021 a autorizar a abertura de outro concurso. No entanto, dois médicos que terminaram o internato em 2020 continuam a não ter contrato, e nenhum dos cinco médicos que terminou em 2021 teve concurso aberto.

Tudo está dependente do Ministério das Finanças, que continua a dar sucessivos vetos de gaveta.

O Sindicato Independente dos Médicos tem exercido pressão ao longo dos últimos anos sobre os sucessivos governos para que haja contratação e progressão na carreira dos médicos do INMLCF. Foi alcançada a publicação do Decreto-Lei nº 46/2020, que estabelece condições análogas para aquele Instituto às que são praticadas no SNS. Mas nem assim o Ministério das Finanças é ágil na abertura de concursos.

Ao mesmo tempo que recusa a contratação de sete médicos especialistas para o Instituto, autorizou em 2020 contratação de 170 médicos prestadores de serviços ao INMLCF, muitos sem aquela especialidade. A carência de médicos nunca será suprida sem abertura atempada de concursos, e tal perpetuará o dispêndio de dinheiro público na contratação repetida de dezenas de prestadores de serviços.
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