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Sindicato Independente dos Médicos

Publico: Manuel Pizarro não tem a força política que se esperava para se impor

13 julho 2023
Publico: Manuel Pizarro não tem a força política que se esperava para se impor
Público, 13 julho 2023, Helena Pereira e Susana Madureira Martins (Renascença)

Foi ministro da Saúde de António Costa, mas não esconde algumas críticas ao actual executivo: desde "​o excesso de confiança”​ por causa da maioria absoluta à perda de gravitas de alguns ministros, como Pedro Adão e Silva. Sobre o sector que tutelou, lamenta, em entrevista ao PÚBLICO-Renascença, a falta de peso político que diz ter sido revelada por Manuel Pizarro e alerta para que a direcção executiva do Serviço Nacional de Saúde está a actuar num limbo há oito meses, sem que estejam ainda aprovados os seus estatutos. 

Quando Manuel Pizarro foi escolhido para ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes aplaudiu a escolha e disse acreditar que Pizarro iria recuperar o tempo perdido. Dez meses depois, Manuel Pizarro está a corresponder àquelas que foram as suas expectativas?
Diria que está a ter mais dificuldades do que aquilo que muitos de nós julgariam que viria a acontecer. Ou seja, Manuel Pizarro, homem experiente, é médico e tem sobretudo a favor dele a circunstância de ser um actor político com enorme experiência. A vida dele tem sido praticamente o exercício de funções políticas. Admito que, de facto, ele próprio deve ser o primeiro a reconhecer que as coisas não estão a ser tãofáceis e tão bem conseguidas como inicialmente se podia esperar. Esta equipa apanha um SNS desfeito do ponto de vista da exaustão dos profissionais, daquilo que foram as consequências da pandemia, temos um quadro de recursos humanos envelhecido, exausto e muito disputadopelo sector privado. Não foi ainda possível a esta maioria estabelecer um pacto de médio prazo com os profissionais para que eles possam reconstruir um pouco o seu projecto dentro do SNS

Afirmou numa recente entrevista que os nossos melhores amigos são aqueles que nos apontam as nossas falhas e as coisas que fazemos mal. O que é que Fernando Araújo, que foi seu secretário de Estado, está a fazer bem e está a fazer mal como director executivo do SNS?
Ele está numa luta de enorme complexidade. Eu tenho criticado a inexistência de um estatuto do enquadramento da direcção executiva. Já lá vãoquase oito meses, é incompreensível. Não há razão nenhuma que possa explicar, mesmo a burocracia administrativa ou endogamia burocrática dos governos, que um órgão tão importante que precisa de tomar decisões e precisa de se afirmar perante o próprio estudo do SNS não tenha estatutos. Sinto que ele está, no fundo, a remar com remos de madeira um grande petroleiro. E isso tem um risco. É que os remos podem-se partir ou o cansaço pode sobrevir. Para ser justo com ele e com a sua equipa, digo que o que ele está a fazer de pior é aceitar esta situação que, nomeu ponto de vista, é absolutamente inaceitável.

Artigo completo em Público.
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