Sindicato Independente dos Médicos

O SNS atravessa uma crise gravíssima. A maior da sua história de 45 anos. A presente crise do SNS foi agravada pela recente crise política. Aumenta, por consequência, a responsabilidade dos sindicatos em procurar ativamente uma solução que interesse aos médicos e, por consequência, ao SNS.

Fomos convocados pelo Ministério da Saúde para uma reunião técnica de discussão da transição de mais de 200 USF-A e de UCSP para o modelo USF-B, na tarde de hoje. O Governo comprometeu-se em apresentar na reunião os documentos da portaria das USF e dos CRI hospitalares. Saudamos a decisão, já que podia ter decidido unilateralmente a sua redação, sem ouvir os sindicatos.

No final da manhã, fomos surpreendidos com a decisão dos nossos colegas da FNAM, veiculada pela comunicação social, de não integrarem esta reunião. Não contestamos o direito democrático de o fazerem; só nos permitimos questionar a oportunidade e a justificação, perante a gravidade do momento que o SNS vive…Cada qual é responsável pelos seus atos. Nós somo-lo, perante os nossos associados e, também, perante os portugueses.

O SIM mantem a sua disponibilidade inabalável para a negociação. Procuraremos – agora e sempre - até ao último momento do processo negocial e até ao derradeiro fôlego, um acordo, a bem dos médicos, do SNS e dos portugueses. Tudo faremos para o alcançar na próxima quinta-feira, dia 23. Estamos muito longe ainda, é certo.

Mas a não acontecer um acordo, não será por causa do SIM e da sua irredutibilidade negocial.

O SIM tudo fará para salvar a carreira médica e o SNS!