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Sindicato Independente dos Médicos

Sol: Meia centena de jovens médicos de família não ocuparam vagas no SNS

20 novembro 2017
Sala de espera
Ficaram por ocupar 52 postos de trabalho no último concurso do Serviço Nacional de Saúde para os médicos que concluíram este ano a especialidade em Medicina Geral e Familiar. Em abril tinham concluído esta especialidade 291 médicos e o governo abriu o concurso em setembro, pronto para fazer um contrato de trabalho com 290 médicos. Segundo dados avançados ao i pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), apenas foram contratados 238 médicos.

"A culpa é do governo”

Para o Sindicato Independente dos Médicos, não há mais vagas ocupadas "por culpa do governo”, a quem atribui responsabilidades pelos atrasos nos concursos. No ano passado, os médicos de família estavam colocados em agosto e, este ano, o concurso só abriu em setembro, com os médicos a iniciar funções entre outubro e novembro. No caso dos especialistas hospitalares, que também concluíram a formação em abril, o concurso ainda não abriu. Na semana passada, o ministro da Saúde garantiu no parlamento que abriria em breve. Ao i, a ACSS disse não ser possível adiantar uma data concreta.

"A cada dia que passa há uma pressão cada vez maior para os médicos irem para o privado ou para o estrangeiro”, diz Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do SIM. "O Estado sabe quantos internos tem em cada ano. No dia em que acabam a especialidade, devia abrir o concurso. Tinham contrato, tinham tudo para orientar as suas vidas”, salienta o dirigente sindical, lembrando que, há dois anos, os sindicatos acordaram simplificar o processo de recrutamento dispensando entrevista, o que a tutela "não tem aproveitado”.

Relativamente aos especialistas hospitalares, Roque da Cunha fala de 540 médicos à espera e de serviços envelhecidos onde os médicos mais novos têm mais de 50 anos. "Não sei quantos jovens o governo espera recrutar”, diz o médico, que atribui o atraso às Finanças. "Como continuam a trabalhar e recebem menos mil euros do que se estivessem contratados como especialistas, sai mais barato. Mas isso faz com que as pessoas saiam e, depois, o Estado vá recorrer a tarefeiros com um preço/hora mais elevado.” Também a ordem já mostrou preocupação com o atraso, revelando que já houve pedidos de documentação para emigrar por alguns jovens médicos.

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