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Sindicato Independente dos Médicos

Sol: Miguel Guimarães. “A maioria dos hospitais mais periféricos estão depauperados em termos de equipamento”

14 janeiro 2018
Sol: Miguel Guimarães. “A maioria dos hospitais mais periféricos estão depauperados em termos de equipamento”
Sol, 13 jan 2018, Marta F. Reis, marta.reis@newsplex.pt

Miguel Guimarães está a poucas semanas de completar um ano à frente da Ordem dos Médicos. Vê poucas mudanças, menos do que as que defende serem necessárias para o Serviço Nacional de Saúde não se tornar uma resposta só para que os que não têm possibilidade de ir ao privado. Sobre a atual época de gripe, diz que revela mais sobre as fragilidades do SNS do que sobre a doença. E avisa que os hospitais e as urgências precisam de ser repensadas e não só quando há picos de afluência.

O caos de que temos ouvido falar nas urgências é a realidade ou uma "perceção da realidade” como disse no parlamento António Costa?

As grandes dificuldades que existem neste momento nos hospitais portugueses são uma realidade. Uma realidade que facilmente o primeiro-ministro conseguiria visualizar in loco se visitasse alguns hospitais sem avisar com muito tempo de antecedência. Infelizmente, as urgências não têm mudado muito apesar de antecipadamente sabermos que nesta altura do ano existe uma maior afluência, mas não é só por causa da gripe. Temos uma população cada vez mais envelhecida, com doenças crónicas como diabetes, hipertensão. Temos um conjunto de patologias que já não são as mesmas que ocupavam as urgências há dez anos, a que se associam depois questões sazonais.

Estamos a falar de ser necessário autorizar uma despesa de que ordem?

Não vou somar. O que posso dizer é que, se continuarmos neste caminho em que as Finanças controlam tudo, em que os orçamentos de Estado para áreas especificas são cada vez mais baixos, vamos ter cada vez mais problemas. O orçamento da Saúde para este ano são 5,2% do PIB, nunca foi tão baixo, só vai dar mais dinheiro porque o PIB cresceu. Não estamos claramente a investir e não podemos fazer milagres. Com as estruturas atuais e os recursos humanos que temos, a nossa capacidade de resposta é limitada. E portanto quando temos um bocadinho de gripe, porque isto não é o pico da gripe, há logo problemas. Repare, a maior parte das pessoas ainda não tem gripe mas basta que haja uma pequena mudança para que sejam reveladas as fragilidades do Serviço Nacional de Saúde. O SNS está frágil, no limite.

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