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Sindicato Independente dos Médicos

Comunicado: Reunião com o Conselho de Administração do Hospital Amadora-Sintra

08 agosto 2018
Comunicado: Reunião com o Conselho de Administração do Hospital Amadora-Sintra
O Sindicato Independente dos Médicos reuniu hoje com o Conselho de Administração e o Diretor Clínico do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e o Presidente da ARS Lisboa e Vale do Tejo sobre a situação de "emergência” a que chegaram as Urgências de Ginecologia/Obstetrícia daquele hospital.

O SIM pretende desta forma contribuir para o encontro de soluções e saúda e solidariza-se com os médicos especialistas que em situações muito adversas têm garantido cuidados de saúde de qualidade.

Foi recordado que este hospital serve uma população de 600.000 habitantes dos quais 100.000 sem Médico de Família incluindo muitas centenas de grávidas não vigiadas nos Centros de Saúde e que os indicadores de base populacional mostram que a mortalidade infantil e o número de nados vivos com baixo peso à nascença são superiores à média nacional.

Foi exposta a preocupação com as condições de segurança dos doentes e profissionais tendo sido elencados um conjunto de situações que não contribuem para a qualidade assistencial desta urgência:
  • Número de médicos especialistas insuficientes e com estrutura etária envelhecida;
  • Acumulação de funções de Urgência Interna com Urgência Externa durante a noite e fins de semana;
  • Realização de cirurgias programadas pela equipa de urgência;
  •  Marcação de consultas programadas para a equipa de urgência;
  • Inexistência de apoio de enfermagem em metade dos quartos do Bloco de Partos;
  • Excesso de horas extraordinárias dos médicos que em dois meses ultrapassam o máximo previsto anualmente;
  • A contratação de empresas de prestação de serviços como solução eterna.
Foi enaltecida a resiliência dos médicos deste serviço em que dos 17 especialistas que fazem urgência, nove têm mais de 55 anos e dois têm 54, o que faz com que nada possa garantir que os médicos peçam a dispensa de fazer urgências não o tendo feito ainda apenas no sentido de garantir que a Urgência permanece aberta.

Assim foi exigido:
  • Contratação de médicos especialistas, com reposição do número mínimo exigido pela Ordem dos Médicos para dar resposta às necessidades da população de forma imediata;
  • Garantir condições de trabalho na urgência, eliminando as tarefas eletivas e a sobreposição de responsabilidades numa perspetiva de curto prazo;
  • Planeamento adequado das necessidades de recursos humanos por parte do Hospital Amadora-Sintra e da ARSLVT numa perspetiva de médio prazo;
  • Que a Direção do Serviço, a Direção Clínica e Conselho de Administração e ARS cumpram as suas obrigações para resolver o problema;
  • Que o Ministério da Saúde cumpra as suas obrigações no Governo, em vez de se esconder nas ações de propaganda, anunciando milhares de vagas de especialistas, quando a realidade sentida e vivida no terreno mostra o colapso dos serviços.
O Secretariado Regional do SIM LVT

Lisboa, 08/08/2018

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