O céu começa a ser enxameado por balões de ensaio…
As declarações da Srª Ministra da Saúde ao semanário Expresso anunciando que "será equacionada a celebração de pactos de permanência no SNS apos a conclusão da futura formação especializada” algo que teria lugar durante esta legislatura e serviria para travar o êxodo do SNS, para além de configurar desde logo uma lamentável postura de pseudo negociação via imprensa, parece ser mais um passo em frente para um abismo que se desenha a cada dia que passa do que uma efectiva solução.
O SIM esteve, está e estará contra uma imposição administrativa de permanência no SNS. Sem discussão possível.
O SIM está, sempre esteve e estará disponível para negociar. Mas não estará disponível para medidas avulsas, populistas e que só reforçam a doença do SNS e o êxodo dos mais jovens e dos menos jovens, nem para contemporizar com a hipocrisia de se continuar a recorrer à prestação de serviços médicos pagos a um preço três vezes maior do que aquele que é pago aos profissionais do quadro do SNS, ao mesmo tempo que se anuncia a prorrogação do impedimento de novas contratações, e não se revela a mínima abertura para negociar uma nova grelha salarial para os médicos, algo que está pendente desde 2015.
No quadro de uma negociação construtiva, aguardamos a proposta do Governo. Nos últimos quatro anos não recebemos nenhuma, pode ser que agora este novo executivo seja diferente.