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Sindicato Independente dos Médicos

Comunicado: SIM solidariza-se com os Médicos de Medicina Interna do CHUC

05 dezembro 2019
Comunicado: SIM solidariza-se com os Médicos de Medicina Interna do CHUC
O SIM manifesta a sua solidariedade para com os médicos internistas do CHUC, EPE, (HG e HUC) que apresentaram minutas de isenção de responsabilidade, face à atual situação de carência de meios humanos no Serviço de Urgência, não estão reunidas as condições para a prestação de cuidados de saúde de qualidade e com a necessária segurança que permitam assegurar o exercício da profissão, avisando que "as equipas escaladas para o Serviço de Urgência não cumprem os mínimos recomendados pelo Colégio da Especialidade de Medicina Interna para que seja assegurado o cumprimento das boas práticas clínicas, no período das 20 às 8 horas durante os dias da semana e durante as 24 horas dos fins-de-semana e feriados". Assim sendo, recusam assumir "qualquer responsabilidade pelos acidentes ou incidentes que possam verificar-se em resultado das deficientes e anómalas condições de organização do serviço causadas pela insuficiência de meios humanos".

Tal como em muitos outros hospitais, é notória a falta de especialistas nos diversos serviços e no Serviço de Urgência. Muitas urgências continuam abertas em condições altamente penosas e perigosas para o exercício da Medicina. Continuam abertas por solidariedade e respeito dos médicos para garantir os cuidados de saúde possíveis às populações que deles necessitam. Muitos têm já idade para solicitar dispensa de trabalho noturno de Serviço de Urgência e a maioria já fez mais do dobro das horas extraordinárias previstas na legislação. São milhares de horas de trabalho extraordinário efetuado por cada uma das equipas.

Louvável esforço dos médicos, não reconhecido pelas administrações e pelo Ministério.

Este Governo tem a oportunidade de estancar a degradação da qualidade dos serviços. Tem de melhorar a sua gestão e valorizar o que tem de melhor que são os seus recursos humanos. Não pode ficar indiferente aos 6.000.000 de horas extra que os médicos não querem efetuar.

Não pode continuar a gastar mais de 100 milhões de euros em empresas de prestação de serviço médico ou a apostar na peregrina ideia de entregar os serviços de urgência às Misericórdias ou a entidades privadas, transformando o SNS numa manta de retalhos.

É fundamental negociar uma nova grelha salarial, o Ministério da Saúde só conseguirá manter e atrair os médicos, de que o SNS urgentemente precisa, se melhorar as condições de trabalho remuneratórias.

O SIM solidariza-se com estes médicos e saúda vivamente o trabalho imenso que milhares de médicos realizam pelo País.

Reafirmamos a necessidade de urgente reunião com o ministério da saúde, que solicitámos no dia da posse deste Governo.

Coimbra, 5 de dezembro de 2019

Pel’ O Secretariado Regional do SIM/Centro

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