Sindicato Independente dos Médicos

Passados que foram 134 anos desde aquele dia 1 de Maio em Chicago em que trabalhadores se manifestaram, mau grado a violenta repressão, pela dignidade das suas condições de trabalho e pelo direito às 8 horas de trabalho diário, o Sindicato Independente dos Médicos – SIM saúda todos os trabalhadores portugueses.

E numa saudação especial, porquanto as organizações representativas dos trabalhadores portugueses decidiram responsavelmente não aumentar o risco potencial de contágio nas comemorações deste ano, celebrando-o de modo contido.

O SIM saúda especialmente neste Dia do Trabalhador os trabalhadores médicos que sem limites ao horário normal ou extraordinário, sem feriados ou fins-de-semana, sem folgas ou descansos compensatórios, sem terem sequer perspectiva de férias, têm mostrado o valor e a imprescindibilidade de um SNS -Serviço Nacional de Saúde forte. SNS que sem dúvida é uma das maiores conquistas de Abril se preciso provar o fosse.

Não esquece também as múltiplas manifestações de carinho dos cidadãos, mas desejaria que esse respeito demonstrado e essas palmas persistissem para além da pandemia e tivessem eco nas forças políticas e partidárias.

Com mais de 500 médicos e outros 2000  profissionais da saúde  já infectados, o SIM continua a pugnar pela existência de material de protecção fiável e em quantidade adequada, disponível para todos os profissionais de saúde, médicos e não médicos, não esquecendo as forças de segurança, guardas prisionais, e bombeiros, fazendo jus aos milhões de euros que se dizem ter sido gastos. E não esquece o fortíssimo e incondicional contributo da sociedade civil, de autarquias e do cidadão anónimo.

O SIM faz nesta efeméride um fortíssimo apelo para que não se baixe a guarda e não se deite a perder o que com tanto sacrifício se conseguiu, não se descurando o confinamento responsável, o distanciamento social, o respeito pelas normas de higiene e etiqueta respiratória, e o uso de mascaras por todos os cidadãos.