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Sindicato Independente dos Médicos

Fórum Médico e COVID-19: Nota de Imprensa

18 setembro 2020
Fórum Médico e COVID-19: Nota de Imprensa
O Fórum Médico, que é composto por todas as estruturas nacionais representativas dos médicos, analisou várias temáticas, nomeadamente a evolução da pandemia e das várias declarações vindas a público sobre o caso do Lar de Reguengos de Monsaraz e o papel dos médicos. Assim, o Fórum Médico informa que:

- Lamenta as várias tentativas públicas e privadas de denegrir a imagem dos médicos, que não ficam esclarecidas nem sanadas sem um pedido de desculpas formal, mas assegura que os médicos continuarão onde sempre estiveram, ao lado dos seus doentes, num Juramento que está muito para lá de qualquer mandato político;

- Sublinha que a ministra da Saúde não reúne com os médicos desde que tomou posse este Governo. Este facto será sempre de estranhar numa democracia e impossibilita que o Governo conheça o que de facto acontece no terreno, e que se possa apoiar em quem está todos os dias ao lado dos doentes e a fazer o Serviço Nacional de Saúde acontecer, para tomar as melhores medidas para o futuro de todos nós e do País. Recorde-se que nem perante a emergência de saúde pública que atravessamos a ministra foi capaz de dialogar, com a liderança clínica a resolver nos hospitais e centros de saúde a falta de visão da Av. João Crisóstomo;

- Repudia a gestão política feita em alguns momentos da pandemia, levando a que tenham sido tomadas algumas medidas avulsas e sem critério estratégico, acabando por deixar milhões de outros doentes com consultas, exames e cirurgias a descoberto;

- De salientar o exemplo do que acontece nos lares, em que em vez de se responsabilizar quem gere as estruturas e de se garantir médico e enfermeiro, pretende-se antes deslocalizar médicos de família, extravasando as suas tarefas, o que não só não será a melhor resposta para salvar as vidas daqueles doentes com COVID-19, como deixa a descoberto os 1900 utentes por quem cada médico de família é responsável – uma lista que já exige um trabalho sobre-humano e a que se somam quase 900 mil pessoas sem médico de família;

- Apela a que os políticos reconheçam o papel essencial que os nossos idosos tiveram na construção da sociedade, apostando numa estratégia para os lares, focada na dignidade humana e nas necessidades especiais dos mais velhos, tranquilizando os seus familiares e a sociedade;

- Alerta que continuamos a não ter um plano de retoma da atividade que permita recuperar todos os doentes possíveis, e sublinha que o recurso excessivo a uma "telemedicina” que nem sequer reúne condições de qualidade e segurança mínimas pode mascarar ainda mais os problemas dos doentes;

- Reitera a enorme preocupação com o inverno que se aproxima, altura em que às dificuldades habituais estamos já a juntar uma possível segunda onda pandémica, e profissionais de saúde esgotados com meses duros de trabalho, premiados com ingratidão por parte do poder político; É urgente avançarmos para um plano de investimentos que resolva os principais problemas dos hospitais e centros de saúde e que reforce o papel dos médicos de saúde pública.

Lisboa, 18 de setembro de 2020 

Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública
Federação Nacional dos Médicos
Sindicato Independente dos Médicos
Associação dos Médicos Portugueses da Indústria Farmacêutica
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
Federação Portuguesa das Sociedades Científicas Médicas
Associação Portuguesa dos Médicos de Carreira Hospitalar
Ordem dos Médicos
Associação Nacional de Estudantes de Medicina (observador convidado)
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