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Sindicato Independente dos Médicos

O SIM é um sindicato de negociação e compromisso

01 fevereiro 2023
O SIM é um sindicato de negociação e compromisso
O SIM critica a atitude do Governo que a cerca de 150 dias do final do prazo previsto no protocolo assinado com os sindicatos não apresentou ainda quaisquer propostas formais, nomeadamente quanto às grelhas salariais - que em 10 anos perderam cerca de 30% de poder de compra - e quanto à dedicação plena que, estando no Estatuto do SNS e em quatro Orçamentos do Estado, ainda não nasceu e já está cansada de tanto anunciada.

Lamentamos também que não tenha dado respostas às propostas de organização e disciplina do trabalho médico e de organização do trabalho nos serviços de urgência que há mais de dois anos foram apresentadas, preferindo anúncios dispersos, com traços de demagogia.

Para além de continuar a dificultar o acesso dos Portugueses aos cuidados de saúde, com mais de 1,4 milhões de utentes sem Médico de Família e longas listas de espera, aumenta a insatisfação e revolta dos médicos que veem as condições de trabalho a degradarem-se e sem perspetivas de carreira.

Dito isto, o SIM cumpre os seus compromissos e age em boa-fé. Sendo um sindicato responsável, tudo continuará a fazer para que o que foi assinado seja cumprido.

Em relação à reunião de hoje, especificamente convocada para mitigar o problema do pagamento das horas extra, o SIM saúda que o Governo tenha cumprido os seus serviços mínimos alargando o pagamento das mesmas de forma condigna até ao fim das negociações.

Compreendemos a impaciência dos colegas da FNAM, mas o anúncio de uma greve, nesta fase, a meio das negociações é uma cedência ao radicalismo e populismo.

O SIM tudo continuará a fazer para evitar o recurso a esse instrumento até 30 de junho, mas o Governo ao não dar avanços substantivos no processo negocial permite o alastrar desta narrativa.

Para o SIM o momento é ainda de negociação. Seria mais fácil o SIM ceder a estados de alma e ao clamor de indignação. Mas somos responsáveis. Pela nossa parte cumpriremos o que assinamos.

A FNAM entendeu legitimamente prosseguir uma atitude individual, tal como o fez na adesão à última greve dos Sindicatos da Frente Comum/CGTP.

Não acompanhamos, no entanto, propostas irrealistas que fragilizem o poder negocial dos médicos a troco de uma eventual maior exposição mediática, mas sim propostas dignas para os médicos.

A responsabilidade do SIM é apresentar soluções e melhorias nas condições de trabalho dos médicos e assim melhorar o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde.

Respeitamos muito os nossos doentes e não é o nosso papel aumentar as dificuldades de acesso e de perturbação quando temos um compromisso escrito de conclusão da negociação até dia 30 de junho.

Lisboa, 1 de fevereiro de 2023

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