Face à continuada insensibilidade governamental de um aumento médio, transversal a todos os médicos, que permita compensar uma perda de poder de compra superior a 22% e face à aprovação de disposições legislativas sem o acordo sindical, estranhamente a aguardarem publicação em DR há mais de mês e meio, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) deliberou prolongar até às 24 horas do dia 31 de dezembro de 2023 a paralisação total (iniciada a 24 de julho) à prestação de trabalho suplementar, também denominado trabalho extraordinário, em nenhum dia da semana, útil ou não, qualquer que seja o período, diurno ou noturno a que respeite, ou qualquer que seja a respetiva duração, em todos os Serviços e Estabelecimentos portugueses onde os trabalhadores médicos exercem funções nos CSP, no território do Continente e no da Região Autónoma dos Açores.
A presente luta dos trabalhadores médicos visa assim:
1. Fazer com que os Governos da República e da Região Autónoma dos Açores forneçam uma resposta efetiva ao Caderno Reivindicativo sindical;
2. Que especifica e prioritariamente, seja apresentada pelos Ministros das finanças e da saúde uma proposta de Grelha Salarial que reponha a Carreira das perdas acumuladas por força da erosão inflacionista da última década e que posicione com honra e justiça toda a Classe Médica, incluindo os médicos internos, na Tabela Remuneratória Única da função pública;
3. Que o regime de Dedicação Plena, tal como foi unilateralmente definido, não seja imposto como condição para integrar uma Unidade de Saúde Familiar.